Imagina receber do governo periodicamente um valor em dinheiro independentemente se você tem um emprego, se possui outro rendimento, da sua etnia ou religião. Essa é a premissa da Renda Básica Universal (RBU), que defende garantir condições mínimas para a população de um país.
Esse conceito é um prato cheio para gerar polémicas com threads kilométricos em redes sociais ou exaltações desnecessárias em canais sensacionalistas. A eterna dicotomia do pró ou do contra - Há sempre a corrente que vai achar que ninguém mais vai trabalhar e estariam dependentes do pagamento e por outro lado há também uma corrente que aposta que os beneficiários gastariam o seu tempo em atividades úteis como algum voluntariado ou nos estudos.
É extremamente desafiador elaborar um estudo que certifica os efeitos da aplicação de um programa de Renda Básica Universal. Desde os anos 70 alguns estudos piloto de curta duração são aplicados em populações "cobaia" afim de perceberem os reais efeitos deste dinheiro.
Evidencias de alguns estudos apontam que a menor preocupação com o dinheiro e comida garantida reflete diretamente numa melhora de saúde física e mental. E no grupo que recebeu a soma do pagamento global houve aumento de consumo de drogas e aumento nas mortes. Embed from Getty Images
Sam Altman, CEO da OpenAI revela que os estudos comportamentais em pessoas empobrecidas nos Estados Unidos, que ganharam 1000 dólares por mês durante 3 anos, gastaram o dinheiro em necessidades básicas como comida, transporte e moradia.
Beneficiários negros tiveram 9% a mais de propensão em começar um negócio próprio. Em todo caso o dinheiro também oferece flexibilidade de tempo para a busca de empregos que mais significativos para o individuo.
Os resultados iniciais de um estudo mais aprofundado sobre o dinheiro incondicional, feito pela OpenResearch - laboratório de pesquisa financiado por Altman, revelam que embora as doações tivessem benefícios, elas raramente seriam uma cura para tratar temas como a desigualdade de renda.
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